Arquivos consumidor - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/consumidor/ Gestão Ambiental Thu, 16 May 2019 20:17:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://administracaoverde.com.br/wp-content/uploads/2019/04/cropped-administracao-verde-icone-1-32x32.png Arquivos consumidor - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/consumidor/ 32 32 O que é logística reversa? https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/o-que-e-logistica-reversa/ https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/o-que-e-logistica-reversa/#respond Sun, 15 Jul 2018 01:13:37 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=730 O que é logística reversa? A produção de um bem qualquer representa apenas uma etapa do ciclo de vida de um produto, que ainda deve chegar ao consumidor para, posteriormente, ter uma destinação final. Para que este novo bem chegue ao consumidor é necessário estabelecer atividades de logística (aqui chamadas de logística tradicional) e para ... Ler mais...

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O que é logística reversa?

A produção de um bem qualquer representa apenas uma etapa do ciclo de vida de um produto, que ainda deve chegar ao consumidor para, posteriormente, ter uma destinação final.

Para que este novo bem chegue ao consumidor é necessário estabelecer atividades de logística (aqui chamadas de logística tradicional) e para que ele tenha uma destinação correta é necessário estabelecer atividades de logística reversa.

A logística tradicional pode ser entendida como as atividades de planejamento, implementação e controle de todo o fluxo e armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Seu objetivo é o atendimento dos requisitos e exigências do consumidor. Essa definição é adotada pelo Council of Supply Chain Management Professionals dos Estados Unidos (LEITE, 2009).

Já a logística reversa corresponde às atividades visando ao reaproveitamento de sobras de matérias-primas, reciclagem ou reuso de materiais, podendo ou não ser incorporados no processo produtivo, bem como na reutilização de água.

No processo de desenvolvimento da logística, seja ela tradicional ou reversa, é importante destacar como ocorrem as transações comerciais. A troca de bens e serviços por dinheiro constitui-se na base do comércio moderno. Algumas vezes, no entanto, a transação pode ocorrer sem o dinheiro, ou seja, troca-se uma mercadoria ou serviço por outra coisa não-monetária. Essa prática é conhecida por escambo.

Em geral, uma cadeia produtiva começa com os produtores e, ou, fornecedores, passa pelo fabricante, depois atacadista, varejista e, por fim, pelo consumidor final. Dessa forma, os fabricantes adquirem matéria-prima e componentes dos fornecedores ou produtores e comercializam seus produtos a atacadistas que, por sua vez, vendem aos varejistas. Em alguns casos podem não existir atacadistas atuando no canal de comercialização, o que faz com que os fabricantes comercializem direto aos varejistas. Por fim, os varejistas vendem seus produtos aos consumidores finais. Com o surgimento e expansão das atividades de comércio eletrônico, alterações podem ocorrer nessa estrutura, eliminando alguns intermediários da cadeia.

Se por um lado a logística tradicional permitiu às empresas escoarem de forma inteligente os produtos nos diversos canais de distribuição, permitindo a formação de uma sociedade consumista, por outro lado, contribuiu para a geração de excessos de produtos, embalagens, bem como de diversos tipos de resíduos, agravando a problemática ambiental. Tais problemas contribuem para o surgimento da logística reversa, definida por Leite (2009) como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

(Trecho extraído do livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”. Maiores informações acesse:  www.administracaoverde.com.br).

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A energia advinda de fontes renováveis https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/a-energia-advinda-de-fontes-renovaveis/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/a-energia-advinda-de-fontes-renovaveis/#respond Wed, 30 May 2018 23:32:10 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=686 A energia advinda de fontes renováveis Pode-se chamar de fontes de energia renováveis aquelas em que a sua utilização é renovável, ou seja, pode ser aproveitada ao longo do tempo sem a possibilidade de esgotamento; em geral são encontradas na natureza em grande quantidade. Os principais tipos de energias renováveis são: a) Energia solar: utiliza ... Ler mais...

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A energia advinda de fontes renováveis

Pode-se chamar de fontes de energia renováveis aquelas em que a sua utilização é renovável, ou seja, pode ser aproveitada ao longo do tempo sem a possibilidade de esgotamento; em geral são encontradas na natureza em grande quantidade.

Os principais tipos de energias renováveis são:

a) Energia solar: utiliza painéis fotovoltaicos que transformam a luz solar em energia. Além de não poluir, tem como vantagem o fato de ser uma energia renovável e que os raios solares estarem disponíveis em abundância. Pode ser gerada por meio de painéis pequenos que podem ser instalados em telhados de casas e imóveis diversos. Como desvantagem, pode-se citar o alto custo dos equipamentos, o preço elevado da energia gerada quando comparada a dos combustíveis fósseis e, em alguns casos, a necessidade de grande área para instalação dos painéis. Adicionalmente, a tecnologia ainda é incipiente em relação à armazenagem da energia solar, o que faz com que a energia solar acabe sendo uma forma complementar de energia, que é utilizada em dias propícios para tal atividade.

b) Energia eólica: tem origem na força dos ventos que movimenta as pás dos cata-ventos que são ligados aos aerogeradores. É um dos tipos de energia mais limpa que existe, com energia gerada a preços competitivos. Uma vantagem é que a energia eólica não gera resíduos, além do processo de fabricação dos equipamentos e a instalação de uma planta desse tipo não gera impactos ambientais negativos muito grandes, pode-se até mesmo executar outro tipo de atividade no mesmo terreno, por exemplo, a agricultura. Embora os ventos sejam um recurso abundante no planeta, há necessidade de escolha de um local amplo e com boa incidência de ventos. Sua instalação, no entanto, ainda é cara, geralmente necessita do uso de terrenos com características geográficas e de clima bem específicas, além do cuidado que se deve ter principalmente com o fluxo de aves no local.

c) Energia hidráulica: a geração desse tipo de energia tem origem na água que gira as turbinas das usinas hidrelétricas (ou hidroelétricas). Dentre suas vantagens estão a não poluição da água e baixa emissão de gases de efeito estufa. Por outro lado, a construção de uma usina hidrelétrica gera alto impacto ambiental negativo, alagando diversas regiões, muitas delas abrigando uma rica fauna e flora, além de fazer com que haja o deslocamento da população humana local.

d) Biomassa: utiliza matéria-prima de origem vegetal para produzir energia usando, por exemplo, bagaço de cana-de-açúcar, álcool, madeira, óleos vegetais, casca de arroz, palha de milho, dentre outros. Uma das vantagens do seu uso é que são sobras, ou seja, materiais que seriam descartados e que podem, assim, serem usados como fonte de energia. Dentre suas possíveis desvantagens está o fato de alguns deles só poderem ser utilizados em época de safra.

e) Etanol: é um dos biocombustíveis mais conhecidos, juntamente com o biodiesel. O etanol é produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar, do eucalipto ou da beterraba. É utilizado como combustível de veículos ou para produzir energia elétrica e, além de ser uma fonte renovável, tem por vantagem o fato de ser menos poluidora que a gasolina. Embora polua menos que a utilização de combustíveis fósseis, o etanol ainda apresenta um alto impacto ambiental negativo nas grandes lavouras que o produzem, especialmente no caso da cana-de-açúcar, além de condições de trabalho, em algumas situações, em desacordo com a legislação vigente. Apesar de o etanol ser uma boa alternativa aos combustíveis fósseis e ter um valor comercial competitivo, é uma frágil opção energética considerando o longo prazo.

f) Biodiesel: no caso do biodiesel, sua configuração é parecida com a do etanol, pois utiliza matéria-prima vegetal para substituir o diesel feito a partir do petróleo. Assim com o etanol, o problema do biodiesel está na produção dessa matéria-prima que esgota o solo e muitas vezes é produzida com o uso de agrotóxicos, modificação de fontes de água, uso de grandes extensões de terra e condições inapropriadas de trabalho.

g) Biogás: é um tipo de energia obtida principalmente em aterros de lixo orgânico, sendo mais popular em determinados locais da Ásia. O biogás utiliza a matéria orgânica armazenada e sua putrefação para gerar energia renovável. Aterros e esgotos, ao decomporem a matéria que estão armazenando, geram gás metano que é captado pela tecnologia do biogás e utilizado para para gerar mais energia.

h) Energia geotérmica: é obtida utilizando o calor existente no interior da Terra, muito popular na Islândia, por exemplo. Entre suas vantagens está a pouca produção de resíduos, ausência de ruídos externos, baixa emissão de gases de efeito estufa e a área utilizada ocupa pequeno espaço. Em contrapartida, como desvantagem está seu uso restrito a locais com potencial de geração de energia e o elevado custo dos equipamentos.

i) Energia maremotriz: é a energia obtida por meio do movimento das ondas do mar, a partir das alterações de nível das marés, por meio de barragens, que aproveitam a diferença de altura entre as marés alta e baixa; ou através de turbinas submersas, que aproveitam as correntes marítimas.

Nos últimos séculos, quase todas as coisas importantes que ocorreram no mundo estão diretamente relacionadas ao uso da energia. No entanto, a discussão a respeito da energia renovável é um tema recente que veio à tona com o esgotamento e poluição gerados pelas fontes tradicionais que constituem a maior parte da matriz energética dos países do globo.

(Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Por que a humanidade caminha para a busca por energias renováveis? https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/por-que-a-humanidade-caminha-para-a-busca-por-energias-renovaveis/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/por-que-a-humanidade-caminha-para-a-busca-por-energias-renovaveis/#respond Wed, 30 May 2018 22:08:26 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=683 Por que a humanidade caminha para a busca por energias renováveis? Para que uma sociedade seja considerada sustentável é desejável que ela atenda às necessidades do presente sem, contudo, comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades. Essa é a definição básica de desenvolvimento sustentável, uma expressão tão utilizada nas últimas ... Ler mais...

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Por que a humanidade caminha para a busca por energias renováveis?

Para que uma sociedade seja considerada sustentável é desejável que ela atenda às necessidades do presente sem, contudo, comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades. Essa é a definição básica de desenvolvimento sustentável, uma expressão tão utilizada nas últimas décadas que acabou, de certa forma, banalizada.

Em relação ao suprimento de energia, Yildirim et al. (2012) destacaram que este é considerado um dos fatores que contribui para a criação de condições socioeconômicas relativas ao desenvolvimento sustentável. Além disso, proporciona a utilização eficiente e a ampliação do acesso aos recursos energéticos disponíveis. Embora não seja a única condição para garantir avanços econômicos e sociais, Goldemberg e Moreira (2005) afirmaram que a existência de uma política energética de estímulo ao aumento das fontes de energia e fomento à eficiência energética é algo essencial a um país.

As chamadas “fontes renováveis de energia” são consideradas estratégicas para o aumento da diversidade na oferta de energia, seja para países desenvolvidos ou em desenvolvimento, já que substituem a energia advinda dos combustíveis fósseis auxiliando, assim, na minimização dos impactos ambientais negativos e proporcionando a expansão social e econômica (MANZANO-AGUGLIARO et al., 2013).

Em um país como o Brasil, por exemplo, os processos de energia por fontes renováveis ainda podem ser explorados em maior escala. Todavia, é imprescindível que hajam políticas de incentivos que criem condições para que essas fontes tenham maior participação em sua matriz energética e, assim, promover o desenvolvimento sustentável no país e que faça parte de seu planejamento estratégico energético (FADIGAS, 2011; REIS, 2011; TOLMASQUIM, 2012).

Algumas variáveis contribuirão para a substituição gradativa dos combustíveis fósseis/nucleares pelas fontes renováveis de energia:

a) Custo para obtenção: em determinadas situações o custo para se extrair o recurso natural (petróleo, gás natural, carvão mineral) pode se tornar inviável economicamente.

b) Imagem perante a sociedade: os combustíveis fósseis carregam a imagem de serem poluidores do planeta e certamente a antipatia de muitos consumidores mais sensíveis a apelos ecológicos. No caso dos combustíveis nucleares existe a apreensão em relação ao risco e gravidade de seus acidentes.

c) Esgotamento das reservas: como os combustíveis fosseis são fontes não renováveis, sua utilização depende da existência das reservas.

Evidentemente, os tópicos listados anteriormente irão variar conforme o local e o comportamento do mercado consumidor. Ainda há certa abundância de combustíveis fosseis no planeta e, em diversas situações, seus preços ainda são mais baixos que os da energia advinda das chamadas “fontes limpas”. Aliado a isso, a continuidade no uso dos combustíveis fósseis é alicerçada por forte interesse político e econômico de governos e empresas.

Apesar da grande importância que ainda possuem os combustíveis fósseis e nucleares, paulatinamente, têm ocorrido maiores investimentos em pesquisas de energias alternativas, resultando em em sua aplicação prática.

(Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumismo-fatores-comportamentais-e-mercadologicos/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumismo-fatores-comportamentais-e-mercadologicos/#respond Wed, 16 May 2018 02:07:47 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=671 Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos Se produzir e consumir bens e serviços são atividades humanas que estão presentes desde épocas mais remotas, o mesmo não se pode dizer de produzir e consumir bens e serviços de forma ilimitada. Harman e Hormann (1998) destacaram que a explosão de consumo caracterizada pela compra de produtos, ... Ler mais...

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Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos

Se produzir e consumir bens e serviços são atividades humanas que estão presentes desde épocas mais remotas, o mesmo não se pode dizer de produzir e consumir bens e serviços de forma ilimitada. Harman e Hormann (1998) destacaram que a explosão de consumo caracterizada pela compra de produtos, muitas vezes desnecessários, e pelo desperdício, gerando descarte de sobras e embalagens fizeram que, em um determinado ponto da história, as pessoas deixassem de serem chamadas de cidadãos e passassem a serem chamadas de consumidores. Em relação a isso, Bauman (1999) destacou que a sociedade contemporânea pode ser entendida como uma “sociedade de consumo”, enquanto na sua fase fundadora (ou industrial) consistia em uma “sociedade de produtores”. Em outras palavras, no início o consumo era entendido não como um direito ou a satisfação de um prazer, mas como um dever social.

Sendo assim, os consumidores adquirem não somente bens que satisfaçam às necessidades básicas (o “consumo” propriamente dito), mas também compram produtos que são importantes não apenas para quem os consome, mas também para causar “boa impressão” a outros atores sociais, o que em certo grau pode se caracterizar como “consumismo”. De acordo com Michaelis (2012) consumismo pode ser caracterizado como a situação própria de países altamente industrializados, com base em produção e consumo ilimitados de bens duráveis, sobretudo artigos supérfluos.

Um aspecto relacionado ao consumismo foi mencionado por Veblen (1987), ao destacar a ideia de emulação, ou seja, que as camadas sociais mais pobres tinham a tendência de se espelhar nas camadas mais ricas (chamadas por ele de “classe ociosa”) por estas estarem no topo da hierarquia social em termos de riqueza, reconhecimento e poder de consumo. Para o autor, a “classe ociosa” surgiu com a propriedade privada e a acumulação de riquezas que permitia a essa classe não trabalhar e consumir bens tidos como supérfluos.

Aproveitando-se da tendência de emulação por parte das camadas mais baixas, os profissionais de marketing buscam oferecer produtos que as atendam. Dessa forma, além da tecnologia que proporcionou maior produção às empresas e da intensificação do consumo graças ao crescimento da população vinda de um período pós-guerra mundial e que cada vez mais se concentrava em cidades, um fator preponderante para o surgimento do consumismo foi a consolidação da aplicação prática das teorias de marketing nas organizações.

Kotler e Armstrong (2015) destacaram que as empresas buscam entender como os estímulos são transformados em respostas dentro da “caixa-preta” do consumidor, ou seja, de sua mente. Para os autores, dois aspectos merecem atenção. O primeiro aspecto diz respeito a como as características do comprador influenciam a maneira como ele percebe o estímulo e reage a ele. Já o segundo está relacionado a como o processo de decisão do comprador por si só afeta seu comportamento.

O consumidor, então, tem a tendência de consumir não apenas o que necessita, mas também de comprar produtos considerados supérfluos. Para alguns estudiosos, o ato de adquirir algo necessário apenas para sua subsistência é um tipo de consumo utópico para a sociedade atual, muito em razão da constante influência da mídia e da grande publicidade para realização de desejos alheios às necessidades básicas humanas. Essa é a base da explicação para o que se chama de consumismo.

Aproveitando-se dessa característica do consumidor, ou seja, consumir além do que necessita, segundo Baghi et al. (2009), diversas empresas tentam persuadir o consumidor a respeito de supostos encantos e benesses de seus produtos e serviços, fazendo uso de artifícios questionáveis, alguns conhecidos como pertencentes ao “lado negro do marketing”, chamado por Mick (1996) de “lado negro do comportamento do consumidor”.

 (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Origem do consumo: atendimento às necessidades e desejos do ser humano https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumo-atendimento-as-necessidades-e-desejos-do-ser-humano/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumo-atendimento-as-necessidades-e-desejos-do-ser-humano/#respond Wed, 16 May 2018 02:00:06 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=667 Origem do consumo: atendimento às necessidades e desejos do ser humano As pessoas nascem com necessidade de certos elementos considerados indispensáveis para a sustentação da vida, como alimento, água, ar e abrigo, que são chamadas necessidades biogênicas. Mas os indivíduos têm muitas outras necessidades que não são inatas, conhecidas como psicogênicas, e que são adquiridas ... Ler mais...

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Origem do consumo: atendimento às necessidades e desejos do ser humano

As pessoas nascem com necessidade de certos elementos considerados indispensáveis para a sustentação da vida, como alimento, água, ar e abrigo, que são chamadas necessidades biogênicas. Mas os indivíduos têm muitas outras necessidades que não são inatas, conhecidas como psicogênicas, e que são adquiridas no processo de se tornar membro de uma cultura e incluem as necessidades de status, poder, associação etc.

A maneira específica como uma necessidade é satisfeita depende da história de vida do indivíduo, suas experiências de aprendizado e o ambiente cultural que o circunda. A forma particular de consumo usada por ele para satisfazer uma necessidade é chamada de desejo.

Impulsionados pelo desejo de possuir produtos que lhes proporcionem maior qualidade de vida, que reduzam seus esforços ou que lhes confiram status e poder, as pessoas veem no hábito do consumo uma autoafirmação[1] e acreditam que, dessa forma, serão mais felizes.

Consumir representa um ato de escolha de bens e serviços que irá tornar a vida das pessoas mais agradável, menos dispendiosa e que as farão se sentir melhor consigo mesmas. Para que o consumidor tenha esse “poder de escolha”, torna-se necessário que haja um leque disponível de produtos. Esse é o papel das organizações, notadamente as empresas privadas, ou seja, oferecer aos consumidores mercadorias que possam satisfazer aos seus anseios e que, ao mesmo tempo, contribuam para o sucesso empresarial, gerando lucros.

Dessa forma, o consumo de bens e serviços visando ao bem-estar e à qualidade de vida constitui-se em um dos objetivos mais importantes para determinados indivíduos. Adquirir uma casa no centro da cidade ou em algum bairro luxuoso, comprar um carro novo ou mesmo ter condições de realizar viagens a passeio com a família na época das férias representa, para muitas pessoas, sinônimo de prosperidade e indicador de satisfação em suas vidas.

Todavia, para que os inúmeros bens e serviços que se tem na sociedade moderna estejam à disposição dos consumidores, é necessário que eles sejam produzidos e ofertados. Para que uma pessoa compre uma casa, por exemplo, é preciso que antes alguém tenha adquirido um terreno, comprado os materiais de construção como tijolos, cimento, ferragens etc, contratado pessoas para realizar a obra e, finalmente, regularizado a documentação do imóvel junto a cartórios e ao governo. A obtenção dos materiais de construção da casa demanda necessariamente a utilização de recursos naturais. O mesmo raciocínio vale para a compra do carro ou de qualquer outro bem como roupas, calçados, alimentos etc.

Com relação à realização de uma viagem a passeio (exemplo típico de prestação de serviço), mesmo que a finalidade principal seja a oferta de um bem intangível (a viagem em si), ela é cercada de uma série de bens tangíveis para que possa acontecer.  Por exemplo, se um cliente compra um pacote turístico em uma agência de viagens, certamente ela apresentará uma série de bens físicos para que ocorra o atendimento, tais como computadores, cadeiras, mesas e demais acessórios. Outros bens e serviços serão necessários ao longo de toda a viagem para que a viagem transcorra com sucesso, tais como ônibus, avião, serviços do hotel (atendimento, limpeza dos quartos, oferta de café da manhã, salão de jogos, piscina etc), refeições em restaurantes, entradas em parques, museus, espetáculos etc. Todos demandarão também, em maior ou menor quantidade, a utilização de recursos naturais.

Pelo exposto anteriormente, para que as pessoas possam consumir bens e serviços é necessário que haja sua produção e oferta; para que haja a produção e oferta de bens e serviços é necessária a utilização de recursos naturais. Em outras palavras, a cada vez que o consumo aumenta, a produção e oferta também aumenta e, por conseguinte, haverá a maior utilização dos recursos naturais para suprir essa produção e consumo. Essa combinação de fatores, quando acentuada, leva ao “consumismo”, que é o consumo a níveis exagerados e até mesmo desnecessário.

 (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Ciclo de vida e obsolescência programada https://administracaoverde.com.br/2018/05/06/ciclo-de-vida-e-obsolescencia-programada/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/06/ciclo-de-vida-e-obsolescencia-programada/#respond Sun, 06 May 2018 16:38:06 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=653 Ciclo de vida e obsolescência programada O ciclo de vida dos produtos tem sido reduzido para que produtos mais novos sejam lançados no mercado, induzindo os consumidores a se desfazerem dos produtos antigos para adquirir novos. É a chamada obsolescência programada e que contribui para o descarte de inúmeros produtos no meio ambiente, muitos dos quais com ... Ler mais...

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Ciclo de vida e obsolescência programada

O ciclo de vida dos produtos tem sido reduzido para que produtos mais novos sejam lançados no mercado, induzindo os consumidores a se desfazerem dos produtos antigos para adquirir novos. É a chamada obsolescência programada e que contribui para o descarte de inúmeros produtos no meio ambiente, muitos dos quais com pouco uso.
Para ser mais completo, o ciclo de vida de um produto deve considerar os impactos ambientais em que cada etapa de desenvolvimento, transporte, comercialização e descarte do produto
Evidentemente, realizar uma análise de vida completa de um produto considerando os impactos ambientais em todas as etapas é um processo complexo e dispendioso.
Nesse tipo de análise são considerados os impactos ambientais do produto desde a extração da matéria-prima até o seu destino final. É possível, também, fazer análises menos completas, limitando o ciclo até à fabricação dos produtos. Contudo, o ideal é a empresa repensar o ciclo de vida útil de seus produtos, levando em consideração os diversos materiais, visando a uma futura reciclagem dos produtos, com a possibilidade de transformá-los em novo material ou reaproveitando sua energia.
Segundo Ottman (2012), o primeiro passo é definir a unidade funcional e o sistema do produto. Por exemplo, ao realizar uma análise de ciclo de vida de uma escova de dente, é preciso decidir se deve ser analisada apenas a escova de dente ou incluir a embalagem também. Deve-se incluir a água e a pasta de dente usadas ao longo da vida da escova de dente? E os impactos associados com o transporte das escovas de dente às lojas? Provavelmente não, mas calcular a energia usada no transporte seria totalmente adequado.
Quando os limites forem determinados, continua a autora, é necessário quantificar o uso de energia, recursos e emissões associados com a obtenção da matéria-prima, manufatura e produção, embalagem, distribuição, uso (por exemplo, uso de energia, água e outros consumíveis) e pós-uso (por exemplo, reciclagem e recuperação) ou descarte final. Depois de analisar os dados, a empresa deve identificar problemas e oportunidades e reservar os recursos para abordá-los como prioridade.
O importante na análise do ciclo de vida é ter um instrumento de medição que ajude a avaliar o nível de impacto ambiental de um bem, para que se possa comparar essa medida em diferentes produtos e processos, e a criar alternativas que minimizem os danos ao meio ambiente. Pensando nessa situação, uma importante rede de supermercados desafiou seus fornecedores a fabricarem produtos mais sustentáveis a fim de oferecê-los a seus clientes.
Pela sua aparente complexidade, a análise de ciclo de vida parece ser uma atividade impraticável nas empresas, mesmo que ajude a determinar importantes impactos ambientais como, por exemplo, o gasto de energia. Contudo, ela tem sido utilizada. Segundo Ottman (2012), muitas indústrias do mundo têm realizado a análise de ciclo de vida em diversos setores que vão desde empresas de papel, papelão, vidro, aço, luz, energia, alumínio, embalagens plásticas de bebidas e sistemas de entrega para verificar os gastos com transporte. Além disso, muitas tecnologias diferentes se desenvolveram, em quantidade e em qualidade. Algumas delas permitem que as empresas realizem suas próprias análises de ciclo de vida com a ajuda de ferramentas sofisticadas de software, com o SimaPro, GaBi, e Umberto, programados com estimativas dos impactos ambientais de diversos materiais e processos.
Estabelecer a análise de ciclo de vida de um produto, levando em consideração seus impactos ambientais, pode ajudar a empresa a repensar projetos de produtos e buscar alternativas de matérias-primas mais fáceis de serem recicladas ou reutilizadas, por exemplo. A revalorização de produtos após o fim de vida útil tem sido importante tanto por aspectos ambientais, por se preocupar com a destinação final dos resíduos e lixo, como também por aspectos sociais e econômicos, ao proporcionar que muitas pessoas e empresas entrem nesse ramo de atividade, como catadores, usinas de reciclagem, mercado de produtos de “segunda mão”, entre outros, dando origem ao processo de logística reversa (ALVES, 2017).
Em resumo, sempre que possível, a empresa deve avaliar e minimizar os impactos ambientais negativos ao longo do ciclo de vida de seus produtos. Para que isso ocorra, é importante que a empresa repense e reprojete seu produto quantas vezes forem necessárias para que ele seja mais facilmente reciclado ou reutilizado após o período de vida útil ou, então, que seja desmanchado para que suas peças sejam reutilizadas.
Embora aparentemente negócios e sustentabilidade sejam áreas conflitantes, Kotler e Armstrong (2015) destacaram que muitas empresas têm adotado políticas de ambientalismo sustentável, ou seja, desenvolvido estratégias que não somente conservam o meio ambiente, mas também geram lucros para a empresa. Essas empresas estão agindo não porque alguém as está forçando ou para ganhar lucros imediatos, mas por ser a coisa certa a fazer – tanto para a empresa quanto para o futuro ambiental do planeta.
 (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Acesse www.administracaoverde.com.br)

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Os problemas ambientais gerados pelo consumismo https://administracaoverde.com.br/2018/05/06/os-problemas-ambientais-gerados-pelo-consumismo/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/06/os-problemas-ambientais-gerados-pelo-consumismo/#respond Sun, 06 May 2018 16:34:22 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=650 Os problemas ambientais gerados pelo consumismo Um dos primeiros indícios do dilema entre produção de bens e proteção dos recursos naturais surgiu no início da década de 1960, após a intensificação da produção e consumo de produtos e serviços. Em 1962 foi publicado o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) de Rachel Carson e que expunha ... Ler mais...

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Os problemas ambientais gerados pelo consumismo

Um dos primeiros indícios do dilema entre produção de bens e proteção dos recursos naturais surgiu no início da década de 1960, após a intensificação da produção e consumo de produtos e serviços.
Em 1962 foi publicado o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) de Rachel Carson e que expunha os riscos em relação ao DDT, um tipo de inseticida. O livro teve grande repercussão na opinião pública e fez com que houvesse intensa inspeção de terras, mares, rios e ares por parte de muitos países, gerando preocupação das pessoas em relação aos danos causados ao meio ambiente e evidenciando a poluição como um dos grandes problemas ambientais do planeta (DIAS, 2011). Em 1968 foi criado o Clube de Roma com o objetivo de estudar o impacto global das interações dinâmicas entre a produção industrial, a população, o dano no meio ambiente, o consumo de alimentos e o uso de recursos naturais. Em 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, e que contou com representantes de 113 países, 250 organizações não governamentais e vários organismos da ONU (SEIFFERT, 2014).
Apesar disso, de acordo com Portillo (2010), é somente a partir da década de 1970 que se inicia a internalização das questões ambientais nas organizações, motivado em muitos casos pela pressão de novas normas e exigências ambientais, ou pela pressão de movimentos ambientalistas, que utilizavam denúncias, manifestações e boicotes e, ainda, pelos próprios empresários que se mostravam mais conscientes em termos de meio ambiente e adotavam iniciativas nessa área.
Em termos globais, a inserção definitiva das questões ambientais como limitante ao desenvolvimento ocorreu com a divulgação do relatório “Nosso futuro comum”, em 1987, pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e também com a realização da Conferência Mundial para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, em 1992, no Rio de Janeiro, na qual o conceito de desenvolvimento sustentável foi apresentado como uma das saídas para o impasse decorrente da necessidade de continuar o crescimento econômico e considerar a possibilidade de esgotamento dos recursos naturais (DIAS, 2014).
De um lado, estão as organizações com suas necessidades inadiáveis de maior participação em fatias de mercado, melhoria de imagem institucional e busca pelo lucro; do outro lado estão as pessoas que necessitam do trabalho fornecido pelas empresas para garantir seus salários e, com isso, sua própria sobrevivência. Além disso, as pessoas precisam atender às suas necessidades, comprando os produtos fabricados pelas empresas e pagando os impostos e recebendo em troca a infraestrutura e diversos serviços proporcionados pelos governos.
Entre os dois agentes (empresas e pessoas) está o meio ambiente, que possui a função de proporcionar suporte à vida, fornecer matéria-prima para as empresas e assimilar resíduos gerados pelos processos produtivos e pelos consumidores.
Algumas décadas atrás, obter matérias-primas do meio ambiente e utilizá-lo como depositário de resíduos não era problema. Julgava-se que os recursos naturais eram inesgotáveis. Hoje, verifica-se que as questões ambientais têm assumido papéis importantes nunca antes alcançados na história da humanidade. A problemática ambiental não se limita tão somente à falta de matérias-primas para as empresas ou acúmulo de resíduos sólidos urbanos, mas também à geração de diversos outros problemas. A alteração das condições naturais do planeta, graças às constantes intervenções humanas, causou profundos desequilíbrios no clima, provocando situações incomuns em diversas partes do globo terrestre.
A solução para a problemática ambiental passa pela responsabilidade das empresas em buscar fontes de matérias-primas renováveis, fabricar produtos utilizando energias limpas e cujos resíduos possam ser assimilados pelo meio ambiente. Além disso, as empresas passam a agir com responsabilidade social e ambiental, contribuindo para o progresso da sociedade e para a proteção do meio ambiente. Torna-se competitivamente insustentável a existência de empresas que não operem buscando esses tipos de responsabilidades.
A responsabilidade ambiental também passa pela educação e consciência das pessoas. Se as empresas poluem o meio ambiente com seus produtos tão necessários à vida moderna é porque existe o consumidor que os adquire. Exigir que as empresas tenham uma maior responsabilidade social e ambiental também é função dos consumidores, que, primeiramente, devem fazer a sua parte nesse processo.
Por fim, destaca-se que um mediador entre as empresas e as pessoas na questão do consumo social e ambientalmente responsável é o governo. Por meio de leis e regulamentações, o Estado é capaz de interferir a favor de produtos mais “amigáveis” ao meio ambiente, que são conhecidos como produtos verdes. Contudo, esses instrumentos legais nem sempre são eficientes, restando ao consumidor desempenhar o seu papel, que é exigir o compromisso social e ambiental das empresas e, se for necessário, exercer também pressão sobre seus governos.

      (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Acesse www.administracaoverde.com.br)

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