Arquivos consumismo - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/consumismo/ Gestão Ambiental Thu, 16 May 2019 18:49:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://administracaoverde.com.br/wp-content/uploads/2019/04/cropped-administracao-verde-icone-1-32x32.png Arquivos consumismo - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/consumismo/ 32 32 Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumismo-fatores-comportamentais-e-mercadologicos/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/15/origem-do-consumismo-fatores-comportamentais-e-mercadologicos/#respond Wed, 16 May 2018 02:07:47 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=671 Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos Se produzir e consumir bens e serviços são atividades humanas que estão presentes desde épocas mais remotas, o mesmo não se pode dizer de produzir e consumir bens e serviços de forma ilimitada. Harman e Hormann (1998) destacaram que a explosão de consumo caracterizada pela compra de produtos, ... Ler mais...

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Origem do consumismo: fatores comportamentais e mercadológicos

Se produzir e consumir bens e serviços são atividades humanas que estão presentes desde épocas mais remotas, o mesmo não se pode dizer de produzir e consumir bens e serviços de forma ilimitada. Harman e Hormann (1998) destacaram que a explosão de consumo caracterizada pela compra de produtos, muitas vezes desnecessários, e pelo desperdício, gerando descarte de sobras e embalagens fizeram que, em um determinado ponto da história, as pessoas deixassem de serem chamadas de cidadãos e passassem a serem chamadas de consumidores. Em relação a isso, Bauman (1999) destacou que a sociedade contemporânea pode ser entendida como uma “sociedade de consumo”, enquanto na sua fase fundadora (ou industrial) consistia em uma “sociedade de produtores”. Em outras palavras, no início o consumo era entendido não como um direito ou a satisfação de um prazer, mas como um dever social.

Sendo assim, os consumidores adquirem não somente bens que satisfaçam às necessidades básicas (o “consumo” propriamente dito), mas também compram produtos que são importantes não apenas para quem os consome, mas também para causar “boa impressão” a outros atores sociais, o que em certo grau pode se caracterizar como “consumismo”. De acordo com Michaelis (2012) consumismo pode ser caracterizado como a situação própria de países altamente industrializados, com base em produção e consumo ilimitados de bens duráveis, sobretudo artigos supérfluos.

Um aspecto relacionado ao consumismo foi mencionado por Veblen (1987), ao destacar a ideia de emulação, ou seja, que as camadas sociais mais pobres tinham a tendência de se espelhar nas camadas mais ricas (chamadas por ele de “classe ociosa”) por estas estarem no topo da hierarquia social em termos de riqueza, reconhecimento e poder de consumo. Para o autor, a “classe ociosa” surgiu com a propriedade privada e a acumulação de riquezas que permitia a essa classe não trabalhar e consumir bens tidos como supérfluos.

Aproveitando-se da tendência de emulação por parte das camadas mais baixas, os profissionais de marketing buscam oferecer produtos que as atendam. Dessa forma, além da tecnologia que proporcionou maior produção às empresas e da intensificação do consumo graças ao crescimento da população vinda de um período pós-guerra mundial e que cada vez mais se concentrava em cidades, um fator preponderante para o surgimento do consumismo foi a consolidação da aplicação prática das teorias de marketing nas organizações.

Kotler e Armstrong (2015) destacaram que as empresas buscam entender como os estímulos são transformados em respostas dentro da “caixa-preta” do consumidor, ou seja, de sua mente. Para os autores, dois aspectos merecem atenção. O primeiro aspecto diz respeito a como as características do comprador influenciam a maneira como ele percebe o estímulo e reage a ele. Já o segundo está relacionado a como o processo de decisão do comprador por si só afeta seu comportamento.

O consumidor, então, tem a tendência de consumir não apenas o que necessita, mas também de comprar produtos considerados supérfluos. Para alguns estudiosos, o ato de adquirir algo necessário apenas para sua subsistência é um tipo de consumo utópico para a sociedade atual, muito em razão da constante influência da mídia e da grande publicidade para realização de desejos alheios às necessidades básicas humanas. Essa é a base da explicação para o que se chama de consumismo.

Aproveitando-se dessa característica do consumidor, ou seja, consumir além do que necessita, segundo Baghi et al. (2009), diversas empresas tentam persuadir o consumidor a respeito de supostos encantos e benesses de seus produtos e serviços, fazendo uso de artifícios questionáveis, alguns conhecidos como pertencentes ao “lado negro do marketing”, chamado por Mick (1996) de “lado negro do comportamento do consumidor”.

 (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Origem do consumo: atendimento às necessidades e desejos do ser humano

As pessoas nascem com necessidade de certos elementos considerados indispensáveis para a sustentação da vida, como alimento, água, ar e abrigo, que são chamadas necessidades biogênicas. Mas os indivíduos têm muitas outras necessidades que não são inatas, conhecidas como psicogênicas, e que são adquiridas no processo de se tornar membro de uma cultura e incluem as necessidades de status, poder, associação etc.

A maneira específica como uma necessidade é satisfeita depende da história de vida do indivíduo, suas experiências de aprendizado e o ambiente cultural que o circunda. A forma particular de consumo usada por ele para satisfazer uma necessidade é chamada de desejo.

Impulsionados pelo desejo de possuir produtos que lhes proporcionem maior qualidade de vida, que reduzam seus esforços ou que lhes confiram status e poder, as pessoas veem no hábito do consumo uma autoafirmação[1] e acreditam que, dessa forma, serão mais felizes.

Consumir representa um ato de escolha de bens e serviços que irá tornar a vida das pessoas mais agradável, menos dispendiosa e que as farão se sentir melhor consigo mesmas. Para que o consumidor tenha esse “poder de escolha”, torna-se necessário que haja um leque disponível de produtos. Esse é o papel das organizações, notadamente as empresas privadas, ou seja, oferecer aos consumidores mercadorias que possam satisfazer aos seus anseios e que, ao mesmo tempo, contribuam para o sucesso empresarial, gerando lucros.

Dessa forma, o consumo de bens e serviços visando ao bem-estar e à qualidade de vida constitui-se em um dos objetivos mais importantes para determinados indivíduos. Adquirir uma casa no centro da cidade ou em algum bairro luxuoso, comprar um carro novo ou mesmo ter condições de realizar viagens a passeio com a família na época das férias representa, para muitas pessoas, sinônimo de prosperidade e indicador de satisfação em suas vidas.

Todavia, para que os inúmeros bens e serviços que se tem na sociedade moderna estejam à disposição dos consumidores, é necessário que eles sejam produzidos e ofertados. Para que uma pessoa compre uma casa, por exemplo, é preciso que antes alguém tenha adquirido um terreno, comprado os materiais de construção como tijolos, cimento, ferragens etc, contratado pessoas para realizar a obra e, finalmente, regularizado a documentação do imóvel junto a cartórios e ao governo. A obtenção dos materiais de construção da casa demanda necessariamente a utilização de recursos naturais. O mesmo raciocínio vale para a compra do carro ou de qualquer outro bem como roupas, calçados, alimentos etc.

Com relação à realização de uma viagem a passeio (exemplo típico de prestação de serviço), mesmo que a finalidade principal seja a oferta de um bem intangível (a viagem em si), ela é cercada de uma série de bens tangíveis para que possa acontecer.  Por exemplo, se um cliente compra um pacote turístico em uma agência de viagens, certamente ela apresentará uma série de bens físicos para que ocorra o atendimento, tais como computadores, cadeiras, mesas e demais acessórios. Outros bens e serviços serão necessários ao longo de toda a viagem para que a viagem transcorra com sucesso, tais como ônibus, avião, serviços do hotel (atendimento, limpeza dos quartos, oferta de café da manhã, salão de jogos, piscina etc), refeições em restaurantes, entradas em parques, museus, espetáculos etc. Todos demandarão também, em maior ou menor quantidade, a utilização de recursos naturais.

Pelo exposto anteriormente, para que as pessoas possam consumir bens e serviços é necessário que haja sua produção e oferta; para que haja a produção e oferta de bens e serviços é necessária a utilização de recursos naturais. Em outras palavras, a cada vez que o consumo aumenta, a produção e oferta também aumenta e, por conseguinte, haverá a maior utilização dos recursos naturais para suprir essa produção e consumo. Essa combinação de fatores, quando acentuada, leva ao “consumismo”, que é o consumo a níveis exagerados e até mesmo desnecessário.

 (Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Consumo consciente em tempos de Black Friday https://administracaoverde.com.br/2017/11/26/consumo-consciente-em-tempos-de-black-friday/ https://administracaoverde.com.br/2017/11/26/consumo-consciente-em-tempos-de-black-friday/#respond Sun, 26 Nov 2017 16:20:07 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=523 CONSUMO CONSCIENTE EM TEMPOS DE BLACK FRIDAY Quem em sã consciência resiste a uma promoção? Passar na frente de uma vitrine e ver uma roupa elegante ou abrir uma página na internet e se deparar com preços mais baratos certamente seduz a maioria de nós. E isso não ocasiona (a princípio) mal algum! Pensando em ... Ler mais...

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CONSUMO CONSCIENTE EM TEMPOS DE BLACK FRIDAY

Quem em sã consciência resiste a uma promoção? Passar na frente de uma vitrine e ver uma roupa elegante ou abrir uma página na internet e se deparar com preços mais baratos certamente seduz a maioria de nós. E isso não ocasiona (a princípio) mal algum!

Pensando em aquecer a economia os Estados Unidos criaram a Black Friday, um dia inteiro de promoções (será?) nunca vistas durante o ano!! O Black Friday é uma data esperada por muitos consumidores que reservam parte do dinheiro para as novas aquisições.

No entanto, uma pergunta sempre deve ser feita: Eu realmente preciso disso? Este produto irá me atender ou será apenas fruto de meu capricho consumista, isto é, de alguém que não pode ver uma promoção que vai correndo comprar o produto?

Ou seria a velha ideia do “levar vantagem em tudo”, terrível mania de muitos de nós. Ou então do “preciso comprar logo para que outra pessoa não compre em meu lugar”. Certamente algumas situações destas ocorrem nas compras.

A data em si não é problema (emerge meu lado de Administrador rsrsrs), mas o problema é o consumo desnecessário e, muitas vezes, irresponsável (agora emerge meu lado “ambientalista” rs). Irresponsável? Sim, quantas pessoas não ficam endividadas após a aquisição de bens além do que permite a sua condição financeira? Dinheiro que poderia ser utilizado para outros fins e que acaba sendo destinado a produtos que podem ficar de enfeite ou encostados em algum canto da casa.

A educação financeira deve caminhar lado a lado com o consumo consciente e nos ajudar a compreender se realmente precisamos daquele produto ou serviço. Seja em tempos de Black Friday ou no decorrer do ano.

Até a próxima!

Ricardo Ribeiro Alves

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  • Conheça o livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?” https://administracaoverde.com.br/livros/consumo-consciente/

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