Arquivos sustentabilidade - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/sustentabilidade/ Gestão Ambiental Thu, 16 May 2019 20:17:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://administracaoverde.com.br/wp-content/uploads/2019/04/cropped-administracao-verde-icone-1-32x32.png Arquivos sustentabilidade - Administração Verde https://administracaoverde.com.br/tag/sustentabilidade/ 32 32 O que é logística reversa? https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/o-que-e-logistica-reversa/ https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/o-que-e-logistica-reversa/#respond Sun, 15 Jul 2018 01:13:37 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=730 O que é logística reversa? A produção de um bem qualquer representa apenas uma etapa do ciclo de vida de um produto, que ainda deve chegar ao consumidor para, posteriormente, ter uma destinação final. Para que este novo bem chegue ao consumidor é necessário estabelecer atividades de logística (aqui chamadas de logística tradicional) e para ... Ler mais...

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O que é logística reversa?

A produção de um bem qualquer representa apenas uma etapa do ciclo de vida de um produto, que ainda deve chegar ao consumidor para, posteriormente, ter uma destinação final.

Para que este novo bem chegue ao consumidor é necessário estabelecer atividades de logística (aqui chamadas de logística tradicional) e para que ele tenha uma destinação correta é necessário estabelecer atividades de logística reversa.

A logística tradicional pode ser entendida como as atividades de planejamento, implementação e controle de todo o fluxo e armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Seu objetivo é o atendimento dos requisitos e exigências do consumidor. Essa definição é adotada pelo Council of Supply Chain Management Professionals dos Estados Unidos (LEITE, 2009).

Já a logística reversa corresponde às atividades visando ao reaproveitamento de sobras de matérias-primas, reciclagem ou reuso de materiais, podendo ou não ser incorporados no processo produtivo, bem como na reutilização de água.

No processo de desenvolvimento da logística, seja ela tradicional ou reversa, é importante destacar como ocorrem as transações comerciais. A troca de bens e serviços por dinheiro constitui-se na base do comércio moderno. Algumas vezes, no entanto, a transação pode ocorrer sem o dinheiro, ou seja, troca-se uma mercadoria ou serviço por outra coisa não-monetária. Essa prática é conhecida por escambo.

Em geral, uma cadeia produtiva começa com os produtores e, ou, fornecedores, passa pelo fabricante, depois atacadista, varejista e, por fim, pelo consumidor final. Dessa forma, os fabricantes adquirem matéria-prima e componentes dos fornecedores ou produtores e comercializam seus produtos a atacadistas que, por sua vez, vendem aos varejistas. Em alguns casos podem não existir atacadistas atuando no canal de comercialização, o que faz com que os fabricantes comercializem direto aos varejistas. Por fim, os varejistas vendem seus produtos aos consumidores finais. Com o surgimento e expansão das atividades de comércio eletrônico, alterações podem ocorrer nessa estrutura, eliminando alguns intermediários da cadeia.

Se por um lado a logística tradicional permitiu às empresas escoarem de forma inteligente os produtos nos diversos canais de distribuição, permitindo a formação de uma sociedade consumista, por outro lado, contribuiu para a geração de excessos de produtos, embalagens, bem como de diversos tipos de resíduos, agravando a problemática ambiental. Tais problemas contribuem para o surgimento da logística reversa, definida por Leite (2009) como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

(Trecho extraído do livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”. Maiores informações acesse:  www.administracaoverde.com.br).

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Produção de bens ou proteção dos recursos naturais? https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/producao-de-bens-ou-protecao-dos-recursos-naturais/ https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/producao-de-bens-ou-protecao-dos-recursos-naturais/#respond Sun, 15 Jul 2018 00:55:21 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=724 Produção de bens ou proteção dos recursos naturais? O consumo de bens e serviços visando ao bem-estar e a qualidade de vida constitui-se em um dos objetivos mais importantes para determinados indivíduos. Adquirir uma casa no centro da cidade ou em algum bairro luxuoso, comprar um carro novo ou mesmo ter condições de realizar viagens ... Ler mais...

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Produção de bens ou proteção dos recursos naturais?

O consumo de bens e serviços visando ao bem-estar e a qualidade de vida constitui-se em um dos objetivos mais importantes para determinados indivíduos. Adquirir uma casa no centro da cidade ou em algum bairro luxuoso, comprar um carro novo ou mesmo ter condições de realizar viagens a passeio com a família na época das férias representa, para muitas pessoas, sinônimo de prosperidade e indicador de satisfação em suas vidas.

Todavia, para que os inúmeros bens e serviços que se tem na sociedade moderna estejam à disposição dos consumidores, é necessário que eles sejam produzidos e ofertados. Para que uma pessoa compre uma casa, por exemplo, é preciso que antes alguém tenha adquirido um terreno, comprado os materiais de construção como tijolos, cimento, ferragens etc, contratado pessoas para realizar a obra e finalmente regularizado a documentação do imóvel junto a cartórios e ao governo. A obtenção dos materiais de construção da casa demanda necessariamente a utilização de recursos naturais. O mesmo raciocínio vale para a compra do carro ou de qualquer outro bem como roupas, calçados, alimentos etc.

Com relação à realização de uma viagem a passeio (exemplo típico de prestação de serviço), mesmo que a finalidade principal seja a oferta de um bem intangível (a viagem em si), ela é cercada de uma série de bens tangíveis para que possa acontecer.  Por exemplo, se um cliente compra um pacote turístico em uma agência de viagens, certamente ela apresentará uma série de bens físicos para que ocorra o atendimento, tais como computadores, cadeiras, mesas e demais acessórios. Outros bens e serviços serão necessários ao longo de toda a viagem para que a viagem transcorra com sucesso, tais como ônibus, avião, serviços do hotel (atendimento, limpeza dos quartos, oferta de café da manhã, salão de jogos, piscina etc), refeições em restaurantes, entradas em parques, museus, espetáculos etc. Todos demandarão também, em maior ou menor quantidade, a utilização de recursos naturais.

Pelo exposto anteriormente, para que as pessoas possam consumir bens e serviços é necessário que haja sua produção e oferta; para que haja a produção e oferta de bens e serviços é necessária a utilização de recursos naturais. Em outras palavras, a cada vez que o consumo aumenta, a produção e oferta também aumenta e, por conseguinte, haverá a maior utilização dos recursos naturais para suprir essa produção e consumo. Essa combinação de fatores leva ao dilema entre a “produção e oferta de bens e serviços” e a “proteção dos recursos naturais”. Embora esse dilema seja mais crítico nos dias atuais, nem sempre foi assim.

(Trecho retirado do livro “Administração Verde: O caminho sem volta da sustentabilidade ambiental nas organizações”, publicado pela Editora Elsevier. Maiores informações acesse:  www.administracaoverde.com.br).

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A prática do consumo consciente https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/a-pratica-do-consumo-consciente/ https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/a-pratica-do-consumo-consciente/#respond Sun, 15 Jul 2018 00:44:37 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=721 A prática do consumo consciente As decisões dos consumidores afetam o bem-estar geral de uma sociedade. Há algum tempo, as empresas tinham por objetivo somente o lucro, o que era normalmente aceito pela sociedade. Entretanto, à medida que os valores sociais foram mudando, a ideia tão-somente de lucro foi sendo substituída por uma postura mais ... Ler mais...

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A prática do consumo consciente

As decisões dos consumidores afetam o bem-estar geral de uma sociedade. Há algum tempo, as empresas tinham por objetivo somente o lucro, o que era normalmente aceito pela sociedade. Entretanto, à medida que os valores sociais foram mudando, a ideia tão-somente de lucro foi sendo substituída por uma postura mais responsável das empresas na condução dos seus negócios, exigência feita também pela sociedade ao redor. Sendo assim, muitas empresas passar a agir de forma social e ambientalmente responsável, visando não somente o lucro, mas contribuindo para a melhoria da sociedade como um todo.

A responsabilidade social parte do princípio de que a empresa é corresponsável pelos problemas ocasionados na sociedade e deve contribuir para a solução. Suas atividades devem causar o menor dano possível ao meio em que está situada.

Os investimentos da empresa que são relacionados à sua maneira socialmente responsável de agir trazem benefícios com o passar do tempo. Os clientes são menos propensos a culpar a empresa por danos referentes à segurança dos produtos que quando a empresa não tem uma política voltada para as questões sociais.

A área que estuda o comportamento do consumidor pode desempenhar importante papel na melhoria da vida das pessoas como consumidores. Ao entender que a empresa deve ter responsabilidade perante à sociedade, os profissionais de marketing devem assegurar-se de que os produtos sejam rotulados com precisão, que informem os possíveis danos causados devido ao uso de forma incorreta e devem fazer com que as pessoas possam compreender informações importantes que são apresentadas nos comerciais.

O profissional de marketing, além de conhecer o seu cliente em todos os detalhes possíveis, deve desenvolver uma visão de futuro sobre o destino final dos usos ou consequência do consumo de seus produtos e serviços. Mais do que vender, ele deve ser também um pouco educador e orientar sua empresa nesse sentido.

A decisão do consumidor tem grande impacto sobre o meio ambiente e a sociedade. Produtos oriundos de atividades agrícolas e pecuárias que provocaram desmatamento, por exemplo, só conseguem se estabelecer no mercado porque existe uma demanda de consumidores dispostos a comprar tais produtos, sem se preocuparem com sua procedência responsável.

As questões ambientais têm sido debatidas em vários países, especialmente assuntos referentes às mudanças climáticas, proteção das espécieis da fauna e flora, produção de alimentos orgânicos, poluição e reciclagem de produtos.

O consumo verde pode ser considerado uma função da prosperidade de um país ou de um povo, pois o interesse pelas questões ambientais surge quando as necessidades básicas do indivíduo, como moradia, alimentação e emprego, tiverem sido satisfeitas. Essa afirmação é corroborada pelo fato de que o consumo verde atingiu seu nível mais elevado em países desenvolvidos como a Suécia e a Alemanha.

As mudanças provocadas pelas questões ambientais no mundo podem alterar o estilo de vida dos consumidores e a forma de produção das empresas, modificando substancialmente os tipos de produtos que serão ofertados em face da nova realidade. Esse fato pode ser uma fonte importante de ideias para novos produtos, à medida que a variável “meio ambiente” tiver que ser considerada no processo de fabricação do produto.

Os consumidores podem influenciar o ambiente da mesma forma que o ambiente pode influenciar os consumidores. Por isso, mudanças nos padrões de gasto e de poupança do consumidor podem influenciar a economia. Mudanças na escolha dos produtos, optando por produtos verdes ou menos agressivos ao meio ambiente, promoverão alterações na forma de produção das empresas.

(Trecho retirado do livro “Administração Verde: O caminho sem volta da sustentabilidade ambiental nas organizações”, publicado pela Editora Elsevier. Mais informações acesse: www.administracaoverde.com.br).

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Sustentabilidade Ambiental e a Alta Administração https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/sustentabilidade-ambiental-e-a-alta-administracao/ https://administracaoverde.com.br/2018/07/14/sustentabilidade-ambiental-e-a-alta-administracao/#respond Sun, 15 Jul 2018 00:16:31 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=714 Sustentabilidade Ambiental e a Alta Administração Muito se fala de que sustentabilidade ambiental e negócios empresariais caminham em lados opostos. Adicionalmente, argumenta-se que se a organização investe em meio ambiente irá perder em competitividade, pois recursos financeiros serão despendidos para assuntos considerados “periféricos” e não para o foco do negócio. Porém, as organizações têm percebido, ... Ler mais...

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Sustentabilidade Ambiental e a Alta Administração

Muito se fala de que sustentabilidade ambiental e negócios empresariais caminham em lados opostos. Adicionalmente, argumenta-se que se a organização investe em meio ambiente irá perder em competitividade, pois recursos financeiros serão despendidos para assuntos considerados “periféricos” e não para o foco do negócio. Porém, as organizações têm percebido, mesmo de forma ainda incipiente, que a exploração dos recursos naturais possui um limite e que sua escassez pode comprometer seus negócios. Encontrar alternativas que sejam viáveis tanto para as organizações como para o meio ambiente constitui a tônica das discussões sobre a problemática ambiental.

A primeira razão, e mais óbvia, é para atender às exigências e pressões dos Stakeholders!

Chiavenato (2009) destacou que inicialmente consideravam-se como participantes das organizações apenas seus proprietários, administradores e empregados, ou seja, as pessoas que faziam parte de seu ambiente interno. Com o passar do tempo, a organização se estruturou de forma tal que passou a ser um processo no qual diferentes parceiros interagem para alcançar objetivos. De acordo com o autor, os parceiros provocam um impacto sobre os processos de tomada de decisão dentro da organização. Podem ser considerados parceiros da organização os acionistas, proprietários ou investidores, também conhecidos como shareholders; e os clientes, usuários, consumidores, gerentes e empregados, fornecedores de matérias-primas, tecnologia, serviços, créditos, financiamentos etc, governo, mídia, comunidade e sociedade, também conhecidos como stakeholders.

Dentre os diversos desafios pelos quais se defrontam as organizações, um dos que mais têm se destacado, atualmente, é a cobrança que os stakeholders fazem em relação à sua responsabilidade socioambiental principalmente no tocante à aquisição de matérias-primas, processamento dos produtos, otimização dos recursos naturais na produção, e oferta de produtos “mais verdes”, isto é, que possam utilizar menos embalagens, ser facilmente recicláveis ou reutilizáveis ou, quando não for possível, que possam ser mais facilmente assimilados pelo meio ambiente.

Embora o atendimento às exigências dos stakeholders seja uma razão importante para o investimento em responsabilidade socioambiental por parte da alta administração de uma organização, é o segundo motivo que tem despertado mais ainda as empresas para a sustentabilidade ambiental: a possibilidade de otimizar recursos e ganhar dinheiro!

As atitudes e ações que incluem as práticas ambientais favorecem as empresas e podem resultar em ganhos econômicos devendo, portanto, fazer parte de suas estratégias. Se a organização consegue ser eficiente na utilização de matéria-prima, otimizando seu uso e reduzindo os desperdícios e sobras de material, ela contribuirá para o meio ambiente, mas, ao mesmo tempo, também terá ganhos econômicos.

A organização pode tentar, também, otimizar e reduzir o uso de água, seja por meio da conscientização de seus empregados, seja por meio de melhorias em sua estrutura; um exemplo é na utilização de torneiras mais econômicas ou praticar o reuso da água. Em ambas situações, ela terá ganhos econômicos.

Outra situação possível é a otimização e redução do consumo de energia elétrica por meio de adaptações em seus espaços físicos. Isso pode ocorrer, por exemplo, com o melhor aproveitamento da luz natural utilizando-se claraboias; ou com a adoção de tetos verdes para refrescar o ambiente interno e economizar no uso de ar condicionado; ou mesmo na instalação de painéis solares, reduzindo o consumo de energia elétrica convencional advinda da empresa distribuidora de energia. Em todos esses aspectos haverão ganhos ambientais, contudo o ganho econômico será o principal motivador da organização.

Um aspecto que auxilia a organização é fazer a avaliação do ciclo de vida de seu produto. Nesse tipo de análise são considerados os impactos ambientais do produto desde a extração da matéria-prima até o seu destino final. É possível, também, fazer análises menos completas, limitando o ciclo até à fabricação dos produtos. Contudo, o ideal é a empresa repensar o ciclo de vida útil de seus produtos, levando em consideração os diversos materiais, visando uma futura reciclagem dos produtos, com a possibilidade de transformá-los em novo material ou reaproveitando sua energia.

(Trecho retirado do livro “Administração Verde: O caminho sem volta da sustentabilidade ambiental nas organizações”, publicado pela Editora Elsevier. Mais informações acesse: www.administracaoverde.com.br).

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O que é Greenwashing (“lavagem verde”)? https://administracaoverde.com.br/2018/06/20/o-que-e-greenwashing-lavagem-verde/ https://administracaoverde.com.br/2018/06/20/o-que-e-greenwashing-lavagem-verde/#respond Thu, 21 Jun 2018 02:40:16 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=694 O que é Greenwashing (“lavagem verde”)? Existem empresas que fazem autodeclarações, promovendo seus produtos como “verdes”, mas sem explicar como fizeram para que eles tivessem tal atributo (se é que possuem), confundindo o consumidor. Para este, e para a sociedade como um todo, fica a pergunta: como saber se determinada empresa é realmente “verde”? Como ... Ler mais...

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O que é Greenwashing (“lavagem verde”)?

Existem empresas que fazem autodeclarações, promovendo seus produtos como “verdes”, mas sem explicar como fizeram para que eles tivessem tal atributo (se é que possuem), confundindo o consumidor. Para este, e para a sociedade como um todo, fica a pergunta: como saber se determinada empresa é realmente “verde”?

Como em todas as decisões de grande relevância nas empresas, ser ou não ser uma empresa verde, passa pela importância que a Alta Administração dá ao tema. São os dirigentes máximos (alta cúpula) que definem as prioridades de uma organização e que irão considerar se a variável “meio ambiente”, de fato, é um assunto estratégico, devendo ser incluída e praticada em todas as suas divisões e subdivisões, ou se é apenas um item secundário.

Caso a empresa realmente defina que a preocupação com as questões ambientais deva fazer parte do seu dia a dia e, mais do que isso, que se constitui em um fator fundamental para sua estratégia corporativa, ela provavelmente terá condições de, aos poucos, se tornar uma empresa “verde”.

Empresas que não consideram a variável “meio ambiente” como estratégica para seus negócios ou que, pior, procuram utilizá-la apenas para ludibriar o consumidor, não são consideradas empresas verdes. Em alguns casos, existe a prática do greenwashing que, segundo Ottman (2012), é quando uma organização exagera ou engana os consumidores a respeito dos atributos ambientais de suas ofertas. As acusações de greenwashing podem surgir de diversas fontes, incluindo ambientalistas, imprensa, consumidores, concorrentes e comunidade científica, e podem ser sérias, duradouras e muito prejudiciais à reputação de uma empresa.

Muitos consumidores podem se sentir confusos quando expostos a propagandas de produtos verdes, pois têm dificuldades em separar aqueles que realmente internalizam a variável “ambiental” em sua produção, comercialização e descarte, daqueles que apenas utilizam o termo como mais um artifício de marketing. Para Ottman (2012) essa situação é conhecida como “fadiga verde” e deixa os consumidores em dúvida a respeito dos fatos reais nas campanhas em defesa da sustentabilidade, podendo influenciar negativamente até mesmo as empresas mais bem intencionadas.

Uma das estratégias para auxiliar os consumidores na identificação e escolha dos produtos verdes é o desenvolvimento de selos e certificações que venham a atestar, segundo normas reconhecidas pelo mercado, a “qualidade ambiental” dos produtos.

(Trecho retirado do livro “Marketing Ambiental: Sustentabilidade empresarial e mercado verde, publicado pela Editora Manole. Saiba mais acessando: www.administracaoverde.com.br).

 

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Como surgiu o Dia Mundial do Meio Ambiente? (05 de Junho) https://administracaoverde.com.br/2018/06/03/como-surgiu-o-dia-mundial-do-meio-ambiente-05-de-junho/ https://administracaoverde.com.br/2018/06/03/como-surgiu-o-dia-mundial-do-meio-ambiente-05-de-junho/#respond Sun, 03 Jun 2018 16:43:54 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=689 Como surgiu o Dia Mundial do Meio Ambiente? (05 de Junho) O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente, promovida pela Organizações das Nações Unidas (ONU). Essa conferência foi realizada de 05 a 16 de Junho de 1972 em Estocolmo, capital da Suécia. A data comemorativa ... Ler mais...

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Como surgiu o Dia Mundial do Meio Ambiente? (05 de Junho)

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente, promovida pela Organizações das Nações Unidas (ONU). Essa conferência foi realizada de 05 a 16 de Junho de 1972 em Estocolmo, capital da Suécia. A data comemorativa de 05 de Junho foi dada ao primeiro dia desta Conferência e, posteriormente, passou a significar um dia de lembrança e de ações que deve-se promover em prol do meio ambiente.

A Conferência Mundial do Meio Ambiente de Estocolmo também significou a criação do (UNEP – United Nations Environment Programme), conhecido em português pela sigla PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), instituição de grande importância nos estudos relativos ao clima e ao meio ambiente. Nesta Conferência também foi elaborada a Declaração da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente.

Por que existir um data sobre meio ambiente?

Primeiramente porque todos nós (pessoas, empresas e governos) temos responsabilidade em relação ao que produzimos e consumimos. E isso não é um discurso de ecochato. Vivemos em um planeta de recursos limitados e otimizar o seu uso de forma sustentável é o mínimo que podemos fazer!

Os problemas ambientais estão à vista de todos: lixo jogado nas ruas das cidades e, pior, nos cursos d’agua (rios, lagos, etc), provocando a poluição e diminuindo o bem-estar das pessoas. Em vários casos causando contaminação, doenças e proliferação de insetos. Daí depois vem uma enchente e se perguntam o por quê a água fica represada. A resposta: por causa do lixo que entupiu as saídas dos rios!

Atitudes erradas e pouco responsáveis como lavar as calçadas com a mangueira d’água é outro exemplo. Por que não usar a vassoura e um balde com água? Por que sempre abusamos dos recursos abundantes que temos?

Como fazer a nossa parte?

Podemos fazer muito pelo meio ambiente se cada um de nós assumir a nossa responsabilidade individual. E como isso pode ser feito? Se somos parte do governo ou das empresas podemos estimular o desenvolvimento de novas tecnologias que sejam mais inteligente e que otimizem os recursos. Instalação de painéis solares ou de geradores de energia eólica ajudarão a diminuir a sobrecarga do sistema convencional de geração elétrica. Desenvolvimento de tecnologias como a reutilização da água. Por exemplo, no sistema grey water utiliza-se a água da pia do banheiro e, posteriormente, a mesma água passa em canos e vai abastecer o reservatório do vaso sanitário. A mesma água é utilizada duas vezes! Isso é tecnologia inteligente que alia o aspecto ecológico com o econômico!

Atitudes simples como fechar uma torneira, utilizar torneira com desligamento automático, apagar a luz em um cômodo da casa em que não há ninguém, estimular e praticar a coleta seletiva do lixo que favorecerá posteriormente a reciclagem dos materiais, uso de produtos que não agridam a camada de ozônio, uso de combustíveis mais limpos em detrimento os combustíveis fósseis, prática da educação ambiental ensinando sustentabilidade às novas gerações, plantio de árvores, etc são situações corriqueiras e que podem ser exercidas por cada um de nós!

Lembrem-se sempre do tripé da sustentabilidade composto pelo “social, ambiental e econômico” e que foi destacado por John Elkington em seu excelente livro “Sustentabilidade: canibais com garfo e faca”. Nosso mundo precisa de pessoas, empresas e governos que tenham este modelo em mente.

Viva 05 de Junho, o Dia do Meio Ambiente!

Ricardo Ribeiro Alves  (ricardo@administracaoverde.com.br)

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Quer ver nosso vídeo do YouTube sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente (vídeo de 5 minutos)? Acesse: https://youtu.be/ggv6jqiYHro

Quer conhecer mais sobre nosso trabalho sobre Sustentabilidade Ambiental e Empresas? Acesse o nosso site: www.administracaoverde.com.br

Neste site terá mais informações sobre nossa página no Facebook, Twitter, canal no YouTube, artigos publicados em revistas científica, livros publicados etc.

 

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A energia advinda de fontes renováveis https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/a-energia-advinda-de-fontes-renovaveis/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/30/a-energia-advinda-de-fontes-renovaveis/#respond Wed, 30 May 2018 23:32:10 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=686 A energia advinda de fontes renováveis Pode-se chamar de fontes de energia renováveis aquelas em que a sua utilização é renovável, ou seja, pode ser aproveitada ao longo do tempo sem a possibilidade de esgotamento; em geral são encontradas na natureza em grande quantidade. Os principais tipos de energias renováveis são: a) Energia solar: utiliza ... Ler mais...

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A energia advinda de fontes renováveis

Pode-se chamar de fontes de energia renováveis aquelas em que a sua utilização é renovável, ou seja, pode ser aproveitada ao longo do tempo sem a possibilidade de esgotamento; em geral são encontradas na natureza em grande quantidade.

Os principais tipos de energias renováveis são:

a) Energia solar: utiliza painéis fotovoltaicos que transformam a luz solar em energia. Além de não poluir, tem como vantagem o fato de ser uma energia renovável e que os raios solares estarem disponíveis em abundância. Pode ser gerada por meio de painéis pequenos que podem ser instalados em telhados de casas e imóveis diversos. Como desvantagem, pode-se citar o alto custo dos equipamentos, o preço elevado da energia gerada quando comparada a dos combustíveis fósseis e, em alguns casos, a necessidade de grande área para instalação dos painéis. Adicionalmente, a tecnologia ainda é incipiente em relação à armazenagem da energia solar, o que faz com que a energia solar acabe sendo uma forma complementar de energia, que é utilizada em dias propícios para tal atividade.

b) Energia eólica: tem origem na força dos ventos que movimenta as pás dos cata-ventos que são ligados aos aerogeradores. É um dos tipos de energia mais limpa que existe, com energia gerada a preços competitivos. Uma vantagem é que a energia eólica não gera resíduos, além do processo de fabricação dos equipamentos e a instalação de uma planta desse tipo não gera impactos ambientais negativos muito grandes, pode-se até mesmo executar outro tipo de atividade no mesmo terreno, por exemplo, a agricultura. Embora os ventos sejam um recurso abundante no planeta, há necessidade de escolha de um local amplo e com boa incidência de ventos. Sua instalação, no entanto, ainda é cara, geralmente necessita do uso de terrenos com características geográficas e de clima bem específicas, além do cuidado que se deve ter principalmente com o fluxo de aves no local.

c) Energia hidráulica: a geração desse tipo de energia tem origem na água que gira as turbinas das usinas hidrelétricas (ou hidroelétricas). Dentre suas vantagens estão a não poluição da água e baixa emissão de gases de efeito estufa. Por outro lado, a construção de uma usina hidrelétrica gera alto impacto ambiental negativo, alagando diversas regiões, muitas delas abrigando uma rica fauna e flora, além de fazer com que haja o deslocamento da população humana local.

d) Biomassa: utiliza matéria-prima de origem vegetal para produzir energia usando, por exemplo, bagaço de cana-de-açúcar, álcool, madeira, óleos vegetais, casca de arroz, palha de milho, dentre outros. Uma das vantagens do seu uso é que são sobras, ou seja, materiais que seriam descartados e que podem, assim, serem usados como fonte de energia. Dentre suas possíveis desvantagens está o fato de alguns deles só poderem ser utilizados em época de safra.

e) Etanol: é um dos biocombustíveis mais conhecidos, juntamente com o biodiesel. O etanol é produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar, do eucalipto ou da beterraba. É utilizado como combustível de veículos ou para produzir energia elétrica e, além de ser uma fonte renovável, tem por vantagem o fato de ser menos poluidora que a gasolina. Embora polua menos que a utilização de combustíveis fósseis, o etanol ainda apresenta um alto impacto ambiental negativo nas grandes lavouras que o produzem, especialmente no caso da cana-de-açúcar, além de condições de trabalho, em algumas situações, em desacordo com a legislação vigente. Apesar de o etanol ser uma boa alternativa aos combustíveis fósseis e ter um valor comercial competitivo, é uma frágil opção energética considerando o longo prazo.

f) Biodiesel: no caso do biodiesel, sua configuração é parecida com a do etanol, pois utiliza matéria-prima vegetal para substituir o diesel feito a partir do petróleo. Assim com o etanol, o problema do biodiesel está na produção dessa matéria-prima que esgota o solo e muitas vezes é produzida com o uso de agrotóxicos, modificação de fontes de água, uso de grandes extensões de terra e condições inapropriadas de trabalho.

g) Biogás: é um tipo de energia obtida principalmente em aterros de lixo orgânico, sendo mais popular em determinados locais da Ásia. O biogás utiliza a matéria orgânica armazenada e sua putrefação para gerar energia renovável. Aterros e esgotos, ao decomporem a matéria que estão armazenando, geram gás metano que é captado pela tecnologia do biogás e utilizado para para gerar mais energia.

h) Energia geotérmica: é obtida utilizando o calor existente no interior da Terra, muito popular na Islândia, por exemplo. Entre suas vantagens está a pouca produção de resíduos, ausência de ruídos externos, baixa emissão de gases de efeito estufa e a área utilizada ocupa pequeno espaço. Em contrapartida, como desvantagem está seu uso restrito a locais com potencial de geração de energia e o elevado custo dos equipamentos.

i) Energia maremotriz: é a energia obtida por meio do movimento das ondas do mar, a partir das alterações de nível das marés, por meio de barragens, que aproveitam a diferença de altura entre as marés alta e baixa; ou através de turbinas submersas, que aproveitam as correntes marítimas.

Nos últimos séculos, quase todas as coisas importantes que ocorreram no mundo estão diretamente relacionadas ao uso da energia. No entanto, a discussão a respeito da energia renovável é um tema recente que veio à tona com o esgotamento e poluição gerados pelas fontes tradicionais que constituem a maior parte da matriz energética dos países do globo.

(Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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Por que a humanidade caminha para a busca por energias renováveis?

Para que uma sociedade seja considerada sustentável é desejável que ela atenda às necessidades do presente sem, contudo, comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades. Essa é a definição básica de desenvolvimento sustentável, uma expressão tão utilizada nas últimas décadas que acabou, de certa forma, banalizada.

Em relação ao suprimento de energia, Yildirim et al. (2012) destacaram que este é considerado um dos fatores que contribui para a criação de condições socioeconômicas relativas ao desenvolvimento sustentável. Além disso, proporciona a utilização eficiente e a ampliação do acesso aos recursos energéticos disponíveis. Embora não seja a única condição para garantir avanços econômicos e sociais, Goldemberg e Moreira (2005) afirmaram que a existência de uma política energética de estímulo ao aumento das fontes de energia e fomento à eficiência energética é algo essencial a um país.

As chamadas “fontes renováveis de energia” são consideradas estratégicas para o aumento da diversidade na oferta de energia, seja para países desenvolvidos ou em desenvolvimento, já que substituem a energia advinda dos combustíveis fósseis auxiliando, assim, na minimização dos impactos ambientais negativos e proporcionando a expansão social e econômica (MANZANO-AGUGLIARO et al., 2013).

Em um país como o Brasil, por exemplo, os processos de energia por fontes renováveis ainda podem ser explorados em maior escala. Todavia, é imprescindível que hajam políticas de incentivos que criem condições para que essas fontes tenham maior participação em sua matriz energética e, assim, promover o desenvolvimento sustentável no país e que faça parte de seu planejamento estratégico energético (FADIGAS, 2011; REIS, 2011; TOLMASQUIM, 2012).

Algumas variáveis contribuirão para a substituição gradativa dos combustíveis fósseis/nucleares pelas fontes renováveis de energia:

a) Custo para obtenção: em determinadas situações o custo para se extrair o recurso natural (petróleo, gás natural, carvão mineral) pode se tornar inviável economicamente.

b) Imagem perante a sociedade: os combustíveis fósseis carregam a imagem de serem poluidores do planeta e certamente a antipatia de muitos consumidores mais sensíveis a apelos ecológicos. No caso dos combustíveis nucleares existe a apreensão em relação ao risco e gravidade de seus acidentes.

c) Esgotamento das reservas: como os combustíveis fosseis são fontes não renováveis, sua utilização depende da existência das reservas.

Evidentemente, os tópicos listados anteriormente irão variar conforme o local e o comportamento do mercado consumidor. Ainda há certa abundância de combustíveis fosseis no planeta e, em diversas situações, seus preços ainda são mais baixos que os da energia advinda das chamadas “fontes limpas”. Aliado a isso, a continuidade no uso dos combustíveis fósseis é alicerçada por forte interesse político e econômico de governos e empresas.

Apesar da grande importância que ainda possuem os combustíveis fósseis e nucleares, paulatinamente, têm ocorrido maiores investimentos em pesquisas de energias alternativas, resultando em em sua aplicação prática.

(Trecho retirado do nosso livro “Consumo Consciente: Por que isso nos diz respeito?”).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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A estratégia das marcas verdes https://administracaoverde.com.br/2018/05/19/a-estrategia-das-marcas-verdes/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/19/a-estrategia-das-marcas-verdes/#respond Sun, 20 May 2018 02:46:17 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=678 A estratégia das marcas verdes As marcas são importantes para as empresas porque, em muitos casos, o consumidor não compra o produto, mas sim a marca, porque ele toma consciência da sua força como sinal de qualidade, atendimento às suas expectativas e oferecimento de maior valor. Produtos e serviços que ostentem uma marca trazem benefícios ... Ler mais...

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A estratégia das marcas verdes

As marcas são importantes para as empresas porque, em muitos casos, o consumidor não compra o produto, mas sim a marca, porque ele toma consciência da sua força como sinal de qualidade, atendimento às suas expectativas e oferecimento de maior valor.

Produtos e serviços que ostentem uma marca trazem benefícios não somente para a empresa, mas também para os revendedores e consumidores. Marcas que são bem conhecidas e posicionadas junto aos consumidores são mais fáceis de serem vendidas, porque a carga de publicidade associada à imagem positiva faz com que as marcas “vendam por si próprias”, facilitando o trabalho do revendedor. Ademais, marcas conceituadas e que carregam uma percepção maior de valor junto aos consumidores, podem contribuir para que o revendedor coloque em prática preços mais altos, elevando sua margem de lucros.

Para o consumidor, a marca serve para distinguir uma empresa da outra, ou um produto que tenha uma percepção maior de valor em relação a outro, facilitando sua tomada de decisão no momento da compra. Além dos atributos físicos do produto como funcionalidade, desempenho, design e economia, o consumidor também busca os atributos intangíveis do produto e que são sinalizados pela marca, como status, confiança e segurança.

Para as marcas verdes, é possível desenvolver dois tipos de estratégia de posicionamento, conforme apresentado por Dias (2007):

  1. o posicionamento ecológico com reflexos racionais: deve-se influenciar a percepção da marca levando informações técnicas ao consumidor, bem como o menor impacto negativo ao meio ambiente do produto verde durante todo o seu ciclo de vida.
  2. o posicionamento ecológico com reflexos emocionais: deve-se transformar a marca em um meio de associar a experiência sensorial de contato com o meio ambiente.

No apelo emocional, a ideia é juntar, em uma marca, os apelos ambientais, como sensações agradáveis, belas paisagens e clima ameno, afinidades emocionais de muitas parcelas da população em relação ao meio ambiente. A comunicação eficaz deve refletir a sensibilização ecológica e associar a marca a imagens e cenários que vão ao encontro das expectativas emocionais dos consumidores e, ao mesmo tempo, fornecer informações sobre os atributos ambientais do produto e do processo produtivo. É comum encontrar em produtos imagens com paisagens de florestas, animais, árvores, flores etc., e que atraem as pessoas ao proporcionarem sensação de bem-estar. Um exemplo disso foi verificado em uma caixa de sabão em pó exposta em um supermercado, em cuja embalagem aparecia uma paisagem de uma floresta muito exuberante, parecida com a Amazônia, e que apresentava mensagens com diferenças ambientais em seu processo produtivo.

Algumas marcas procuram se associar à questão verde como a do sabão em pó Ypê. A marca Ypê lembra a árvore Ipê, que tem flores muito bonitas. Além disso, a empresa tem uma parceria com uma ONG que faz recuperação de áreas de mata atlântica e utiliza o slogan “Ypê planta árvores para você”. Nesta estratégia de associação da marca a questões ambientais, a empresa está usando embalagens de papel com a certificação florestal FSC.

 (Trecho retirado do nosso livro “Empresas Verdes: Estratégia e Vantagem Competitiva” publicado pela Editora UFV).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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O que é uma “marca verde”? https://administracaoverde.com.br/2018/05/19/o-que-e-uma-marca-verde/ https://administracaoverde.com.br/2018/05/19/o-que-e-uma-marca-verde/#respond Sun, 20 May 2018 02:34:33 +0000 https://administracaoverde.com.br/?p=675 O que é uma “marca verde”? Uma marca é muito mais do que a identificação de um produto. Para os consumidores, a marca representa o atendimento de aspirações, a associação com atividades, estilos de vida e opiniões com os quais eles se identificam. O atendimento dessas questões intangíveis esperadas pelo consumidor faz com que o ... Ler mais...

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O que é uma “marca verde”?

Uma marca é muito mais do que a identificação de um produto. Para os consumidores, a marca representa o atendimento de aspirações, a associação com atividades, estilos de vida e opiniões com os quais eles se identificam. O atendimento dessas questões intangíveis esperadas pelo consumidor faz com que o produto que ostente a marca atinja seu objetivo: oferecer valor ao cliente.

Para as empresas, a marca deve representar um diferencial e deve ser administrada de forma estratégica, fazendo com que seja reconhecida e identificada pelo consumidor como algo de valor para ele.

A marca, segundo Nunes e Haigh (2003), ganha conotação de pessoa, pois expressa emoção, razão e necessidades físicas e materialistas. Ela representa um fenômeno cultural e com propósito corporativo, sintetizando crença, valores, objetivos e a missão de uma empresa junto a seus stakeholders.

As empresas devem procurar satisfazer as necessidades de seus clientes por meio de marcas que traduzam todos os seus valores, além do oferecimento de produtos que possuam qualidade e funcionalidade desejadas. A marca deve refletir os valores sociais e ambientais que a empresa possui e deve ser vista como tal pelos seus clientes.

Uma marca verde pode ser entendida como uma das formas que a empresa utiliza para comunicar suas práticas e esforços, relacionados ao meio ambiente e à sociedade, aos consumidores e demais stakeholders. É a tentativa de aglutinar as características de um produto verde com os benefícios ambientais e sociais que ele carrega, formando uma imagem positiva na mente do consumidor.

As marcas verdes podem assegurar uma diferenciação à empresa e, ao mesmo tempo, conferir ao consumidor certas garantias quanto à procedência social e ambiental do produto. Uma marca verde bem trabalhada e composta de atributos verdadeiramente relacionados ao meio ambiente atinge as expectativas desejadas pelo consumidor verde.

 (Trecho retirado do nosso livro “Empresas Verdes: Estratégia e Vantagem Competitiva” publicado pela Editora UFV).  Saiba mais deste e de outros livros acessando nosso website www.administracaoverde.com.br)

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